Lyla Goldberry

Eu já viajei bastante, estive em muitos países, sou grata. E estarei em outros mais, Amém. Mas estive em Nova York a primeira vez em 2013, depois de ter ido várias vezes à Europa e,  empolgada com o planejamento, que era diferente do que eu já tinha feito, comecei um blog de viagens. Esse é um dos projetos em grande pausa, mas não abandonados, e que junto com alguns muitos outros, me causam uma angústia de incompetência. Bem, essa angústia é um dos motivos de eu estar aqui escrevendo, então, de alguma forma, todas as coisas devem estar certas. 
Por um tempo, eu pensei em transpôr esse blog para o instagram e por alguns anos me dizia que eu estava preparando material para isso colocando (bem) aos poucos minhas fotos antigas no Instagram. Mas além do ritmo que exigirá muitas vidas, eu sigo mais e mais desapontada com as redes sociais mais populares, que se transformaram em grandes mercados loucos polarizados, e hoje já passam longe de um lugar de compartilhamento de ideias. Os falados algoritmos tiram autenticidade da conexão entre as pessoas e, no lugar, colocam interesses comerciais e, muitas vezes, políticos. É cada dia mais difíciil e necessário se manter isento e são, no famoso Caminho do Meio. 
Então, hoje, eu não sei exatamente o formato do futuro do projeto do blog de viagens mais, mas vejo que ele existe. Veja, eu tenho o Nodo Norte em Gêmeos, então não me parece certo (embora deva confessar que é sim muito natural) não compartilhar o que vi por aí.   

Bem, de volta a Nova York, meu primeiro dia lá foi bem do jeito que eu gosto, todo planejadinho, e todo certo. Sim, tem a ver com controle, mas também com uma sensação de produtividade, de eficiência, de competência. Vide a angústia acima. Mas também depois do diagnóstico de TEA, preciso mesmo ser mais gentil comigo, meu cérebro prefere assim por uma razão. E eu acho também importante deixar espaço para que coisas maravilhosas aconteçam, gosto de planos flexíveis. É um paradoxo, mas não o é o Caminho do Meio?

Eu consegui dar uma olhada na Times Square, tive tempo de ficar em choque com a Time Square e sentir tudo que se sente ali. Fui num jogo de Baseball (algo possível com o planejamento), quase consegui entender o jogo e fui numa exposição do Harry Potter. Aliás, recentemente, estive em São Paulo, e era a mesma "marca" Harry Potter Exhibition, mas me desapontei com o que aconteceu com o mundo. Ela se tornou quase toda interativa e 'instagramável', como dizem. Não foi a mesma que eu visitei em NY, que tinha uma vibe muito mais na pegada dos estúdios de London mesmo - que eu ainda não tinha ido, então adorei a exposição.  Que linha do tempo criei aqui, uma coisa meio Nolan. 
E sobrou espaço para coisas maravilhosas aconteceram. O jogo de Baseball foi incrivelmente emocionante, tudo mudou no último lance e eu nunca me esqueci! E também vi uma exposição de Espionagem que nem estava na programação. 

Pela referência, informação ou nostalgia, deixo aqui o link do post. astrolabioitinerante.wordpress.com/2014/11/17/nyc-dia-1/